Valmor Barbosa avalia que momento é de quebra do monopólio

 
 
Habacuque Villacorte – Rede Alese

O presidente da Sergás, Valmor Barbosa, disse que ficou satisfeito em ver o empenho dos taxistas em cobrar este pleito antigo e a abertura do diálogo pelos deputados estaduais, através da Assembleia Legislativa, durante a audiência pública para debater uma Nova Política de Redução do Preço e Interiorização do GNV em Sergipe.

Para ele o momento é do novo mercado do gás com a “quebra do monopólio”. Ele lembrou que o produtor que vende gás para as distribuidoras é a Petrobras. “Não é justo que você pegue o custo de um determinado gasoduto e de uma infraestrutura de transporte e rateie para todo mundo que está na rede. Quem vai pagar esse gasoduto é o cara da indústria, o residencial, a padaria. É essa equação que é difícil!”.

Mais adiante, Valmor explicou que é preciso ter a matéria-prima barata e que, com o novo mercado do gás, empresas produtoras que antes não podiam vender e deixavam o monopólio para a Petrobras, agora atravessam um novo momento. “Estamos diante do primeiro terminal de GNE privado do País, na Barra dos Coqueiros, que é um navio carregado com gás que vem líquido do Qatar e aqui ele será gaseificado para seguir para a termoelétrica. Em um futuro próximo vamos ter vários distribuidores vendendo, o que poderá ajudar a baixar a tarifa”.

Valmor ainda disse que o governador já sentou com o Sindicato dos Taxistas para tentar encontrar alternativas, pontuando que por enquanto não foi possível reduzir o ICMS por conta do impacto grande em um momento de dificuldade para o Estado. “A alternativa mais viável é encontrar um ponto onde a categoria indica a área e nós vamos fazer a obra para levar o gás até a porta e lá eles compram todo equipamento e vão se submeter à legislação da ANP. Praticamente vai sair a preço de custo”, disse.

Valmor explicou ainda que o preço que a Sergás repassa para o posto de gasolina é de R$ 2,56 + R$ 0,21 do ICMS antecipado que o posto já teria que pagar e, desde montante, apenas R$ 0,33 fica para a Empresa e suas despesas. “A cada três meses há um reajuste da Petrobras. Agora em novembro, pelo menos, já vamos ter uma redução da molécula do gás, que será pequena, mas que já vai representar um avanço. O que não podemos é ficar enganando as pessoas”.