Secretaria de Cultura apresenta diretrizes do Carnaval 2019

 
 
Da redação (Justiça Em Foco) com Ag. Brasília.

Organização, diálogo e segurança dão a dinâmica do novo modelo da Secretaria de Cultura para o carnaval de rua em 2019. A proposta apresentada nesta quarta-feira (23) prevê a setorização do carnaval com a criação de polos e circuitos para os blocos e realização do Carnaval Social, projeto que leva cultura e cidadania à áreas vulneráveis da cidade.

O carnaval já é parte do calendário oficial do Distrito Federal, e é um importante ativo que gera emprego, renda, fomenta o turismo e movimenta a economia. A consolidação da festa de rua exige um esforço conjunto de diversos órgãos de governo a fim garantir a organização dos eventos.

O planejamento para o carnaval 2019 começou durante o período de transição do governo, quando a nova gestão ouviu representantes dos blocos, das escolas de samba, dos órgãos do GDF envolvidos nos eventos e dos moradores das quadras impactadas com as festas. Segundo o secretário de Cultura, Adão Cândido, o diálogo foi essencial para pensar em uma proposta viável para todos.

Os estudos para o novo modelo do carnaval de rua também levaram em conta a necessidade de execução do edital lançado em novembro de 2018. Os 55 blocos habilitados farão apresentações em Águas Claras, Brasília, Candangolândia, Ceilândia, Cruzeiro, Gama, Planaltina, São Sebastião, Sudoeste e Taguatinga durante o pré-carnaval, carnaval e pós-carnaval, com o primeiro desfile já em 2 de fevereiro. Apesar do calendário apertado, a Secretaria de Cultura trabalha para garantir que tudo siga o planejamento. “Os primeiros grupos devem receber os repasses nos próximos dias”, explica o secretário de Cultura.

Um novo modelo de Carnaval

Com o objetivo de atender às demandas de blocos e foliões e oferecer uma festa mais organizada, a nova gestão da Secretaria de Cultura estruturou o carnaval de rua de 2019 em polos. Os chamados Setores Carnavalescos contarão com toda a infraestrutura necessária  para os eventos como banheiros, segurança e atendimento médico.

Além disso, abrigará o Centro de Atendimento ao Folião, que contará com serviços de órgãos do Governo do Distrito Federal como Secretaria da Mulher, que fará campanhas educativas sobre violência doméstica e assédio, Secretaria de Juventude, com ações voltadas à conscientização de consumo de álcool e a Secretaria de Saúde que oferecerá testes rápidos de HIV.

Os Setores Carnavalescos serão localizados em pontos estratégicos do Distrito Federal, respeitando o percurso original dos blocos. “Nossa ideia foi ocupar os espaços centrais das Regiões Administrativas, de fácil acesso e que já têm vocação para o carnaval, como é o caso do Setor Comercial Sul e Praça dos Prazeres”, explica o secretário Adão Cândido.

Ainda no Plano Piloto, será montado um polo no anel externo do Mané Garrincha, local que já abriga eventos de grande porte e tem condições de receber megablocos como Raparigueiros e Baratona, por exemplo.

Outras Regiões Administrativas do DF também receberão os polos carnavalescos, como é o caso de Taguatinga (Taguaparque) e Planaltina (Vila Buritis). “Para este ano, priorizamos locais com maior concentração de blocos de rua, mas o carnaval precisa ser difundido em todas as regiões do DF”, diz.

Além da segurança, os Setores Carnavalescos garantem um melhor aproveitamento do investimento dos recursos, diminuindo os custos públicos com a festa. “Com isso é possível fazer mais investimentos em segurança e limpeza, de forma a diminuir os conflitos entre os diferentes interesses da sociedade”, defende Adão Cândido.

Ações Conjuntas

A Secretaria de Cultura articulou junto à Secretaria de Segurança Pública, Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e Administrações Regionais soluções para diminuir os impactos dos blocos que saem em quadras residenciais. Os eventos terão duração máxima de sete horas, sendo que a última deverá ser para dispersão.

As licenças dos vendedores ambulantes também terão validade até o horário previsto para o fim de cada evento.

Outro ponto importante foi a fixação do horário para encerramento das atividades. Nas quadras residenciais, os eventos devem encerrar às 20h, enquanto nas quadras comerciais não deve passar das 22h. Nos Setores Carnavalescos Norte e Sul, e no Estádio Nacional Mané Garrincha os blocos poderão se apresentar até meia noite.

A Secretaria de Mobilidade Urbana flexibilizou o horário do metrô durante o carnaval, que circulará até meia-noite. Também serão disponibilizados ônibus extras para as principais linhas nos horários de término das apresentações nos Setores Carnavalescos. Outra novidade será o Circular do Folião, que fará o trajeto entre os Setores Carnavalescos.

O efetivo da Polícia será reforçado para garantir a segurança dos foliões.

Carnaval Social

O novo modelo de carnaval proposto pela Secretaria de Cultura também prevê a realização do Carnaval Social, que levará oficinas, cultura e serviços a comunidades do Distrito Federal.

Durante quatro dias de eventos, serão oferecidos aos jovens do Varjão, Estrutural e Sol Nascente cursos de capacitação em audiovisual, discotecagem, fotografia e elaboração de projetos culturais que serão desenvolvidos em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa). O Carnaval Social será realizado em estruturas móveis equipadas com salas de aula, estúdio e palco para apresentação de artistas locais.

Carnaval Tradicional

As escolas de samba do Distrito Federal não ficarão de fora da folia. A Secretaria de Cultura garantiu recurso de R$ 325 mil reais para viabilizar as apresentações, que acontecerão nos polos carnavalescos. Ao todo, serão 10 apresentações.

O secretário Adão Cândido vem conversando com representantes das escolas desde o ano passado para construir um planejamento que atenda aos anseios desses grupos tradicionais. “Nossa meta é manter o diálogo com as escolas para que em 2020 os grupos possam retomar suas apresentações em conjunto”, afirmou.