Líder do Governo afirma que oposição é contra realização de mutirões de cirurgias

 
 
J.Barros - Edição: Katya D'Angelles

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Francisco Limma (PT), considerou infundadas as denúncias feitas pela oradora que o antecedeu na tribuna, deputada Teresa Britto (PV), sobre irregularidades no atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo da oposição, segundo ele, objetiva acabar com os mutirões de cirurgias realizadas pela Secretaria de Saúde e prejudicar o Governo do Estado.

"Não podemos transformar uma denúncia sobre questão local em uma situação geral do estado, porque isto não está acontecendo”, assegurou. Limma assinalou que ocorreram grandes avanços no serviço público de saúde nos últimos anos devido a ações empreendidas pelo governador do Piauí, Wellington Dias, via Secretaria de Estado da Saúde.

O líder do Governo adverte que o fim dos mutirões vai impedir que milhares de pessoas realizem as cirurgias que estão precisando, tendo em vista que, atualmente, mais de 18 mil piauienses se encontram na lista de espera do SUS. Segundo Limma, a demora no atendimento aos pacientes não é culpa do Governo, mas da Proposta de Emenda Constitucional aprovada em 2017 que reduziu os gastos com a saúde.

Francisco Limma disse que, devido ao corte de gastos, 43 mil leitos hospitalares foram fechados no Brasil, sendo 600 no Piauí, prejudicando o atendimento à população, o que levou o Governo do Estado a realizar os mutirões visando possibilitar que milhares de piauienses tenham oportunidade de fazer as suas cirurgias.

O deputado questionou porque a maioria dos hospitais regionais tem sido vistoriados pelos parlamentares da oposição e os estabelecimentos de saúde de Teresina e de Oeiras não são inspecionados? "Esse fato mostra que a questão é política. Dos 35 hospitais do Estado, 20 estão em condição boa ou ótima e cerca de dez têm dificuldades, mas já estão melhorando”, ressaltou Francisco Limma.

 

Réplica - Líder do Governo diz que não se pode condenar ninguém com base em boato

 

O líder do Governo voltou a tribuna para a réplica do discurso da oposição.  Francisco Limma (PT), disse, ao retornar à tribuna que a existência de boatos não pode ser utilizada para condenar ninguém, afirmando que as denúncias que envolvem o superintendente da Secretaria Estadual de Saúde, Alberico Tavares, devem ser apuradas e que, somente após a conclusão das investigações, o Governo poderá adotar as providências necessárias.

Francisco Limma afirmou “que não podemos pedir o afastamento do superintendente com base em suposições” e salientou que, ao falar em questões paroquianos no pronunciamento anterior, não se referiu a assunto de religião, mas ao fato de que, no Piauí, a palavra paróquia está relacionada ao espaço local. Ele acrescentou que é católico romano.

 

Em aparte, o deputado Francisco Costa (PT) declarou que as denúncias de irregularidades nos mutirões de cirurgias devem ser apuradas, mas que, antes de qualquer resultado, “não podemos denegrir a imagem de ninguém”. Limma assinalou que é comum os prefeitos facilitarem o acesso de pacientes dos seus municípios até os locais de realização das cirurgias, mas frisou que isso não significa a prática de fraude.