Bolsistas da FAPESP recebem prêmios internacionais nas áreas de Psiquiatria e Neurociências

 
 
Agência FAPESP // Crédito:FMRP-USP)

A pós-doutoranda Camila Marcelino Loureiro e a aluna de doutorado Fabiana Corsi-Zuelli, ambas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e supervisionadas pela professora Cristina Marta Del-Ben, receberam premiação de início de carreira de duas sociedades de pesquisa internacionais em psiquiatria e neurociências por pesquisas vinculadas ao Projeto Temático Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos: determinantes sociais e biológicos financiado pela FAPESP.

A premiação para pesquisadores de início de carreira fornece apoio acadêmico aos estudantes que, por meio de suas atividades de pesquisa, ensino ou clínica, demonstram interesse profissional e científico no campo da pesquisa em psiquiatria.

Camila Loureiro é bolsista da FAPESP e investigou os mecanismos epigenéticos e ambientais relacionados ao sistema glutamatérgico em um estudo translacional de psicose, sendo reconhecida como pesquisadora de início de carreira da Sociedade Internacional de Pesquisa em Esquizofrenia (SIRS) em 2020.

“O reconhecimento como pesquisadora de início de carreira fortalece a importância e o crescente papel da ciência no mundo”, disse a pesquisadora à Agência FAPESP.

Fabiana Corsi-Zuelli, que também é bolsista da FAPESP, estuda a interconexão entre o sistema imunológico e o sistema nervoso central nas psicoses. Atualmente, ela participa de um estudo multicêntrico que investiga o potencial de uma droga anti-inflamatória como tratamento adjuvante em subgrupos de pacientes com psicose.

Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido no Brasil, em abril de 2022, a doutoranda recebeu a premiação de pesquisadora de início de carreira pelo SIRS, em Florença, na Itália. O mesmo reconhecimento foi dado pela Society of Biological Psychiatry, dos Estados Unidos. O trabalho dela também foi reconhecido entre os melhores pôsteres de estudantes em 2021 em evento da International Society of Psychoneuroendocrinology (ISPNE).

“O encorajamento dado aos pesquisadores de início de carreira pelas sociedades internacionais é fundamental para a ciência”, destacou Corsi-Zuelli à Agência FAPESP. “A construção dessa rede de saberes e as novas colaborações estabelecidas certamente trarão muitos avanços para o entendimento da neurobiologia das psicoses para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.”

As pesquisas de ambas integram um consórcio multicêntrico internacional de pesquisa em esquizofrenia e outras psicoses, cujo objetivo é estimar a incidência de psicoses e investigar interações gene-ambiente que possam contribuir para o desenvolvimento do transtorno.