Assembleia debate condições de trabalho dos profissionais da Saúde do Estado

 
 
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA PARAÍBA

A Assembleia Legislativa da Paraíba debateu, em audiência pública realizada nesta quinta-feira (26) no âmbito da Comissão da Saúde, Saneamento, Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, a situação dos servidores da saúde no estado com o intuito de atender demandas relacionais à remuneração salarial e gratificações. A audiência foi proposta pelo deputado Cabo Gilberto e contou com a presença dos deputados Dr. Érico e Wallber virgolino.

Procurado por profissionais da saúde do Estado, Cabo Gilberto ressaltou a necessidade de promover um debate mais amplo com a presença de gestores, técnicos e servidores da Saúde da Paraíba. Segundo o parlamentar, a audiência serviu para discutir desde condições de trabalho à valorização dos servidores públicos e privados. “A Saúde do Estado, de acordo com os servidores, tem apresentado déficit de servidores e salarial. São oito anos sem aumento, não acompanhando a inflação, não estamos aqui para culpar gestão, mas alguém precisa resolver”, reivindicou o deputado. Segundo Cabo Gilberto, é dever da Assembleia promover debates que tragam melhorias à qualidade de desses servidores, pois são eles os responsáveis pelo atendimento de toda a população do estado. “Estamos aqui para trazer esse importante tema à tona, dando importância aos servidores da saúde da Paraíba, já que são eles que atendem os paraibanos que dão entrada todos os dias nos hospitais do estado”, destacou o parlamentar.

O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, o médico e deputado Dr. Érico, disse que é dever da Casa estar ao lado dos servidores com o intuito de, não só legislar melhorias para a categoria, mas também fiscalizar ações e realizar encaminhamentos que proporcione condições de trabalho aos servidores. “Temos que debater, corrigir os erros que acontecem, cobrar e fiscalizar, e construir a valorização do servidor. Sou servidor da saúde e sei que trabalhamos expostos a pacientes que, na maioria das vezes, nem sabemos qual a patologia que o aflige e sequer recebemos pela insalubridade”, pontuou o deputado. Dr. Érico afirmou lembrou a importância do parlamento de caminhar ao lado do servidor público, contribuindo e trabalhando para que seja construída uma melhor qualidade de vida dos servidores e da população.

A presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Paraíba, Milca Reigo, avaliou de forma positiva o debate promovido pelo Poder Legislativo da Paraíba. Ela acredita que a presença da categoria na Casa de Epitácio Pessoa contribui com melhorias para os trabalhadores. “Este debate possibilita aproximação entre os servidores e aqueles que representam o povo. É uma forma do poder público ter ciência e entender como funciona a saúde do estado e a nossa situação”, observou. Para Milca, além da valorização da categoria, existe a necessidade da implantação do sistema de 30h semanais para enfermeiros e técnicos de enfermagem, atualmente, esses profissionais possuem carga horária de 44h semanais, segundo a sindicalista.

A servidora Mônica Benevides, membro da Comissão de Servidores da Saúde do Estado da Paraíba afirmou que tem dialogado diretamente com o secretário, Geraldo Medeiros, e apresentado a ele as principais demandas da categoria. “Podemos explanar nossas insatisfações, nossos direitos que estão sendo lesionados e já conseguimos negociar a nossa produtividade e, na última reunião, conseguimos que estas voltassem para o contracheque dos servidores”, ressaltou a servidora.

Os servidores da saúde, de acordo com a presidente da Comissão de Saúde do Estado, Claudiene Ramalho, reivindicam também “um olhar diferenciado dos gestores porque a gente convive com a população. Temos pacientes que chegam a ficar anos nas instituições, com a gente cuidando, alimentando e criando vínculo com a família, porque nós passamos a participar do dia a dia dele e dar esperanças a ele de sobreviver, de viver. A gente cuida e proporcionar saúde”, disse.

Também participaram da audiência a presidente da diretoria Nacional dos Enfermeiros, Marilene Malaquias; a ouvidora das Faculdades Famene/Facene, a professora Marlene Ramalho Rosas, além de membros e representantes de sindicatos e associações de servidores do estado.