Alagoas é o único Estado a retomar patamar econômico anterior à crise de 2015

 
 

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) apresentou, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4), a estimativa do Governo de Alagoas acerca dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado para o ano de 2018. De acordo com o levantamento, Alagoas, dentre as unidades federativas que calculam a estimativa, é a única que volta ao patamar econômico do ano de 2014, período anterior à crise de 2015 e 2016.

Segundo os dados da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), responsável pelo estudo na Seplag, a variação estimada do PIB de Alagoas para 2018 é de 1,53%, ultrapassando a nacional, que foi de 1,10%. O cálculo é realizado com base no comportamento econômico dos setores de Agropecuária, Indústria e Serviços.

“Dentro do contexto nacional, o desempenho econômico apresentado por Alagoas veio se comportando de maneira a retomar suas atividades ao parâmetro de 2014, que antecede a crise, algo que nenhuma outra federação conseguiu. De lá para cá, tivemos um menor recuo de PIB se compararmos às outras unidades e temos nos destacado, até mesmo, frente ao PIB de estados como São Paulo e Minas Gerais”, explica o secretário titular da Seplag, Fabrício Marques Santos.

O setor de Agropecuária é um dos grandes responsáveis pelo feito, atingido um Valor Adicionado (VA) de 8,51% em relação ao ano de 2017. O dado compreende o valor gerado com a atividade produtiva tendo subtraído o consumo intermediário. De acordo com o superintendente da Sinc, Thiago Ávila, o setor, no panorama nacional, só cresceu menos que o da Bahia, que apresentou um VA de 12,50%.

“A agropecuária ganhou muito peso desde 2014, o que favoreceu o crescimento do PIB do Estado como um todo. A agricultura, em especial, está se diversificando, com novas culturas ganhando participação na economia do setor primário, com destaque para a de laranja, com 13,34%, a de mandioca, com 8,59% e a do coco-da-baía, com 7,34%”, aponta Ávila.

De acordo com o levantamento, outro setor que apresentou bom desempenho na estimativa de 2017 a 2018 foi o de Serviços, com um valor adicionado de 1,35%.

“Constatamos uma atividade imobiliária que cresce muito nesse período, além de atividades profissionais, como serviços administrativos e jurídicos. O subsetor de comércio é um dos que mais elevam o valor adicionado do setor, com um peso de 21,1%. Depois dele, temos o de aluguel, com 15,6% e o de atividades científicas, técnicas e administrativas, com 7,5%, que inclusive ganhou boa participação ao longo da série analisada”, afirma Thiago.


Indústria

Segundo o estudo, o setor industrial é o que apresenta maior recuo de valor adicionado na comparação de 2018 com 2017, com -4,65%, influenciado, principalmente, pela queda na indústria de transformação, na indústria química e na construção civil.

“Para a indústria de transformação, que atualmente tem um peso de 50,27%, estima-se uma queda de 3,94%. A de construção civil, com peso atual de 37,70%, apresenta recuo de 5,61% no PIB de 2018 e a extrativa mineral, com peso de 2,07%, apresentou performance negativa de 5,19%. Ademais, o subsetor de distribuição de água, esgoto, energia e gás SIUP, com peso de 9,96%, recuou 4,89% no comparativo de 2018 em relação ao ano de 2017”, explica.

O superintendente destaca, ainda, a importância das estatísticas oficiais para o subsídio do acompanhamento da economia, bem como para o desenvolvimento das políticas públicas e investimentos por parte do setor produtivo.

“As diretrizes e iniciativas para o planejamento e o desenvolvimento social e econômico são bastante influenciadas por dados e indicadores confiáveis, e o Governo de Alagoas busca, com este estudo, disseminar esses números para que eles colaborem para o avanço do Estado, para a atração de novas empresas e para a geração de empregos decorrentes do desenvolvimento da economia”, reforça Thiago Ávila.

Fonte: Agência Alagoas