A participação de mulheres na direção dos estabelecimentos agropecuários aumentou entre 2006 e 2017

 
 
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

A participação de mulheres na direção dos estabelecimentos agropecuários aumentou entre 2006 e 2017, passando de 12,7% para 18,7% do total de 5,056 milhões de produtores, com um total de 946 mil mulheres. Além disso, outras 817 mil participam da direção do estabelecimento de forma compartilhada com o cônjuge. 

É o que mostram os resultados definitivos do Censo Agropecuário 2017, divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa fez uma fotografia do campo brasileiro no dia 30 de setembro de 2017, com dados relativos ao período entre 1º de outubro de 2016 e a data base. 

Para o gerente do censo, Antônio Florido, pode estar havendo uma substituição no comando por diversas razões. “Não é que o campo esteja atraindo mulheres. É uma substituição de comando por envelhecimento, ou falecimento, aposentadorias, ou porque o marido teve que buscar outra atividade para manter a família e as mulheres então aparecem assumindo essa função”.

A pergunta sobre raça e cor entrou pela primeira vez no censo agropecuário em 2017. Os resultados mostram semelhanças com a distribuição constatada nos censos demográficos brasileiros, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) 2017. Foi verificado que 45,4% dos produtores eram brancos, 44,5% pardos, 8,4% pretos, 1,1% amarelos e 0,6% indígenas.