A pandemia exige mais cooperação técnica, efetiva e inovadora, afirmou o diretor geral do IICA

 
 
Gerência de Comunicação Institucional.

San José, 26 de março de 2020 (IICA). O Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, enviou uma mensagem aos técnicos e especialistas do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural, que trabalham nos 35 países das Américas e na Espanha, encorajando-os a manter, através do trabalho domiciliar, altos níveis de qualidade para oferecer aos países membros uma cooperação técnica efetiva e inovadora.

Otero indicou que a atual conjuntura de emergência mundial ante à pandemia do novo coronavírus “torna indispensável mais cooperação técnica, efetiva e de excelência”, devido ao que “estão em jogo: o bem-estar e a segurança alimentar de nossas populações”.

O Diretor Geral do organismo interamericano manifestou sua preocupação pela desaceleração dos intercâmbios comerciais, indicando que “pode atingir o pleno exercício do direito à alimentação nos países cuja balança comercial agropecuária é altamente deficitária”.

Também expressou sua inquietude pelo futuro imediato dos países cujas economias estão excessivamente ligadas a apenas um setor, como o turismo, o petróleo ou matérias-primas agrícolas, apontando como “antídoto estrutural a longo prazo” a diversificação.

“Uns 20 países do continente são importadores líquidos de alimentos. Só da região caribenha se emite a cada ano um cheque de 6.000 milhões de dólares para alimentar a 44,5 milhões de pessoas. A situação requer estratégias para a segurança alimentar e mais esforços por maior autossuficiência”, afirmou Otero.

Ao mesmo tempo, o Diretor Geral do IICA clamou por se “redimensionar o papel dos agricultores familiares, atores-chave para assegurar a autossuficiência alimentar e, paradoxalmente, a variável de ajuste em circunstâncias de incerteza econômica”.

Esses agricultores provêm cerca de 60% da oferta de alimentos no continente americano, e “a conjuntura exige foco nas políticas que beneficiem estes produtores enfatizando temas como associatividade, extensão, acesso a tecnologias e seguros agropecuários”, pontou Otero.

Neste sentido, propôs à organização, em cada um dos países do continente americano, um grande aplauso para esses produtores agropecuários e aos integrantes da grande cadeia do complexo agroindustrial, que asseguram o fluxo dos alimentos aos mercados de cada de um dos países.

“Se trata de um aplauso similar ao que em muitos países se está realizando para agradecer e homenagear aos grandes e dedicados profissionais da saúde que estão na linha de frente, atendendo a emergência sanitária”, propôs o Diretor Geral do IICA.

Além disso, Otero recordou que, em linha com a oferta de uma cooperação técnica de excelência, “a nova geração de pragas e doenças que afeta a homens e mulheres, e a cultivos e animais –como evidenciam o Fusarium sobre a banana, a lagosta e a peste suína africana-, exige sofisticados serviços de vigilância e quarentena agropecuária, de modo a reforçar a importância da inteligência sanitária e vigilância prospectiva”.

Para isso, indicou que é necessário fortalecer os sistemas nacionais e regionais de inovação e desenvolvimento.

“Temos que aumentar a produtividade dos principais cultivos e, ao mesmo tempo, suas resistências frente à seca e às pestes e às doenças, em um marco de crescente rigorosidade dos países quanto ao uso indiscriminado de certos agroquímicos. A conjuntura torna indispensável mais cooperação técnica, efetiva e de excelência”, concluiu. 

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